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Conhecimento não tem valor, a menos que seja acessível.


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A maioria de nós já escutou sobre o conceito e a importância da segurança psicológica para tornar o mundo do trabalho um lugar melhor, mais seguro, inclusivo e equitativo.

Além de favorecer a inovação, aprendizagem, gestão de riscos psicossociais e, portanto, o favorecimento do melhor tipo de desempenho: com saúde.


Embora já tenhamos avançado bastante no tema, ainda notamos falas e comportamentos (principalmente entre Lideranças) que minam a intenção de que as pessoas possam ser quem são.


Dar um feedback como esse: “Você é muito transparente” é o mesmo que dizer ao ser humano “aqui você não pode expressar suas emoções.

A frase "você é muito transparente" não é um elogio e sim, uma advertência velada: 

1. Não fale tudo o que pensa.

2. Não exponha vulnerabilidades.

3. Não incomode o status quo.

Ou, “Como você faz essa cara na frente de XYZ?” Então isso quer dizer que devemos colocar um sorriso no rosto quando recebemos mais um projeto, em uma agenda apertada, sem recursos e com uma parte do time adoecida?


"O principal obstáculo entre nós e onde queremos estar somos nós mesmos." -Russ Ackoff

Talvez estejamos substituindo o “engole o choro” por “seja menos expressivo(a).

Isso revela pelo menos três realidades:


A cultura ainda valoriza o jogo político mais do que a autenticidade


Em ambientes inseguros, ser claro, direto e honesto é visto como ingênuo ou perigoso. Transparência incomoda porque revela o que muitos preferem fingir que não veem.


A franqueza ainda é confundida com incivilidade: 


Quando falta um repertório emocional e comunicacional, mesmo quando dita com cuidado geram incômodos que não recebem receptores para atuação. É mais fácil julgar o mensageiro do que lidar com o desconforto da mensagem.


Ainda há um tabu em torno da vulnerabilidade e transparência implica exposição. 


E em ambientes que punem o erro, expor-se é arriscado. Por isso, quem é transparente é visto como alguém que "não sabe jogar o jogo".


Clareza é gentileza. Confusão é crueldade

Existem várias percepções que impedem as pessoas de se expressarem no trabalho, seja sobre ideias, dúvidas, preocupações ou erros:


  1. Posso receber uma punição ou enfrentar consequências negativas.

  2. Posso parecer menos competente.

  3. Eu já deveria saber disso.

  4. Isso pode prejudicar minha reputação ou credibilidade.

  5. Posso ser visto(a) como alguém resistente a mudança.

  6. Isso pode gerar mais trabalho para mim ou para outros.

  7. Ninguém mais parece achar que isso é um problema.

  8. Essa não é minha função. XYZ que deve verificar essa questão.

  9. As pessoas podem rir ou zombar de mim.

  10. De qualquer forma, não creio que a minha fala irá fazer diferença.

  11. Tenho dificuldade de falar sobre isso claramente.

  12. Neste espaço não há tempo para essas conversas.


Liderar através das premissas da segurança psicológica exige uma combinação de curiosidade, honestidade, determinação e paixão.

Diante dessas 12 barreiras que impedem a segurança psicológica de entrar na sala, percebemos que abordagens genéricas sobre esse tema, deixará o silêncio intacto, ou seja, o elefante continuará na reunião.


As pessoas têm múltiplos medos e preocupações simultâneas sobre se manifestar, principalmente associadas a experiências anteriores negativas.


Apenas aferir o índice de segurança psicológica não capta as normas culturais que amplificam ou agregam essas barreiras.


Por isso precisamos dizer "obrigado(a)", ao receber uma crítica, ideia ou ter conhecimento de um problema.

Liderança é a arte de saber articular os esforços uns dos outros.

Um outro grande desafio das Lideranças (e quanto maior o cargo, isso se intensifica) é a demonstração pública da humildade e admitir erros.


Existem muitas culturas de trabalho onde reclamar parece tabu, ou simplesmente não existe uma cultura de expressão.


Processos, práticas e mecanismos de "expressão" são facilmente minados quando ao discordar passa a não ser visto com bons olhos.


O nome dessa Newsletter é Líder São e Salvo, pois, foi inspirado em dos capítulos do livro da Dra Amy Edmondson "A Organização sem Medo" (The Fearless Organization).


Líderes são os grandes agentes contribuintes de ambientes onde as pessoas podem arriscar, aprender, falhar com responsabilidade e ainda assim se sentirem protegidas, emocional e psicologicamente.


A autora nos mostra que líder “são e salvo” não é o que acerta sempre, mas o que garante que as pessoas não adoeçam em nome da performance e valoriza a sustentabilidade humana como condição para resultados duradouros.


Porque, no fim, não há inovação sem segurança, nem futuro possível sem saúde social.


 
 
 

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SUSTENTABILIDADE HUMANA NAS ORGANIZAÇÕES

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